domingo, 25 de dezembro de 2011

Nasceu Jesus (Lc 2, 1-20)

Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria.
Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida.
E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria.
Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles; e tiveram muito medo. O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.»
De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.»
Quando os anjos se afastaram deles em direcção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: «Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.»
Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Coroa do Advento: o que significa?



Descrição
Consiste numa coroa feita com ramos verdes e flores, na qual se inserem 4 velas, que significam as 4 semanas de preparação para o Natal, ou seja, o Advento.
Trata-se de um suporte, normalmente redondo, com um aro de arame ou madeira, revestido de ramos vegetais ou de musgo: ou seja, uma coroa entrançada com uma verdura que se conserva, como os fetos. Sem flores. Sobre ela colocam-se quatro velas novas, de cor uniforme ou variada, como se prefira. A coroa coloca-se sobre uma mesa, ou sobre um tronco de árvore, ou pendura-se elegantemente do tecto.
As 4 velas são acesas à medida que  os 4 domingos de Advento se vão cumprindo. No início da primeira semana de Advento acende-se uma vela. No segundo Domingo, duas. E assim sucessivamente até que, nas vésperas do Natal e no quarto Domingo, já estão acesas em todas as celebrações (dominicais e diárias) as quatro velas. Umas, naturalmente, gastaram-se mais que outras. [Também pode colocar-se uma quinta vela, branca no centro, na Noite de Natal: para expressar que o Advento foi tempo de preparação e é mais importante o Natal, com as suas duas grandes semanas. Pode-se juntar também uma imagem do Menino, dentro da própria coroa de Advento.]

História
É de origem germânica.  No Inverno, acendiam-se algumas velas que representavam o “fogo do deus sol”, com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar, relacionando-a com Jesus Cristo.
No séc. XVI torna-se símbolo do Advento nas casas dos cristãos. Este uso difunde-se rapidamente e implanta-se também na América.
No séc. XIX começou a colocar-se a coroa de Advento nas igrejas.
Existe uma tradição que sugere o nome das quatro velas: vela da Profecia, vela de Belém, vela dos Pastores, vela dos Anjos.

Uso da Coroa do Avento
O seu uso tem-se difundido cada vez mais entre nós. Ajuda a aprofundar a espera e a intensificar, em cada semana, a preparação para a vinda do Senhor. A coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos.
Com este símbolo da coroa, simples e dinâmico, trata-se de ir criando uma atitude de espera, com o seu jogo numérico, com o simbolismo da luz do verde, e com uma aproximação gradual que convida à preparação da vinda de Cristo Jesus, Luz e Vida para todos. No meio de um mundo secularizado, que tende a celebrar o Natal com slogans meramente comerciais, a coroa pode ser um pequeno símbolo dos valores que nós, os cristãos, vivemos nestes dias.
Natal é a festa da luz: “O povo que andava nas trevas, viu uma grande luz”. Cristo é a Luz do mundo. É Ele quem, com a Sua vinda, nos ilumina e nos conduziu à esperança.
A coroa de Advento aponta para o crescendo da Luz de Cristo, que dissipa as trevas deste mundo. Ao acender semana após semana os quatro círios da coroa, significamos os nossos passos de aproximação à luz que vem sobre nós e é Cristo Jesus.

Simbologia
A sua forma circular indica a perfeição, a plenitude a que devemos aspirar na nossa vida de cristãos. O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.
Como coroa, significa a dignidade, a realeza que Cristo veio outorgar ao cristão, isto é, a honra, a grandeza, a alegria, a vitória. (Em Ap 4,4-10 Cristo aparece como soberano e em Ap 14,14 tem uma coroa na cabeça como o próprio Deus). É a “coroa dos eleitos”. Uma coroa é usada em diversas ocasiões: a noiva no casamento, as crianças em certas festas, na sepultura como sinal de uma vida plena. A coroa de Advento significa também a plenitude dos tempos.
Os ramos verdes significam também o senhorio de Cristo sobre a vida e a natureza, dons de Deus. Verde é a cor da vida e da esperança. Deus oferece-nos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida.
A luz que se acende indica o caminho, afasta o medo e fomenta a comunhão. A luz das velas é símbolo de Cristo, luz do mundo.
As quatro velas da coroa simbolizam cada uma das quatro semanas do Advento. Acende-se uma vela em cada semana; uma na primeira, duas na segunda, três na terceira e quatro na quarta, simbolizando a nossa ascensão gradual para a plenitude da luz do Natal. No inicio, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Recorda-nos a experiência da escuridão do pecado. À medida que se vai aproximando o Natal, vamos acendendo uma a uma as quatro velas, representando assim a chegada do Senhor Jesus, luz do mundo, que dissipa toda a escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada.
O número quatro também pode apontar para os quatro evangelistas, ou para os quatro mil anos que o Povo Judeu esperou o Messias.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A dor que mais dói...

Mesmo longe o meu pensamento está contigo...

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Por Martha Medeiros

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

De regresso...

Pois é, ao fim de tanto tempo sem publicar, volto agora.
Mas é um voltar ainda com pouca inspiração, com a cabeça ainda em sítios longínquos e que não deixam sair o que vai na alma.
No entanto, deixo este lindíssimo vídeo com o Ave Maria de Bach-Gounod. Uma das músicas que me faz sentar ao piano e aprender a tocar.

Um regresso a um passado, que actualmente me faz sentir bem.
Espero que gostem.

Até breve...


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ausência... Amor... Saudade...

Palavras para quê, quando tudo aqui já foi dito?

Fica um vídeo, deixando também um pouco a saudade!