domingo, 25 de dezembro de 2011

Nasceu Jesus (Lc 2, 1-20)

Por aqueles dias, saiu um édito da parte de César Augusto para ser recenseada toda a terra. Este recenseamento foi o primeiro que se fez, sendo Quirino governador da Síria.
Todos iam recensear-se, cada qual à sua própria cidade. Também José, deixando a cidade de Nazaré, na Galileia, subiu até à Judeia, à cidade de David, chamada Belém, por ser da casa e linhagem de David, a fim de se recensear com Maria, sua esposa, que se encontrava grávida.
E, quando eles ali se encontravam, completaram-se os dias de ela dar à luz e teve o seu filho primogénito, que envolveu em panos e recostou numa manjedoura, por não haver lugar para eles na hospedaria.
Na mesma região encontravam-se uns pastores que pernoitavam nos campos, guardando os seus rebanhos durante a noite. Um anjo do Senhor apareceu-lhes, e a glória do Senhor refulgiu em volta deles; e tiveram muito medo. O anjo disse-lhes: «Não temais, pois anuncio-vos uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de David, nasceu-vos um Salvador, que é o Messias Senhor. Isto vos servirá de sinal: encontrareis um menino envolto em panos e deitado numa manjedoura.»
De repente, juntou-se ao anjo uma multidão do exército celeste, louvando a Deus e dizendo: «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens do seu agrado.»
Quando os anjos se afastaram deles em direcção ao Céu, os pastores disseram uns aos outros: «Vamos a Belém ver o que aconteceu e que o Senhor nos deu a conhecer.»
Foram apressadamente e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura. Depois de terem visto, começaram a divulgar o que lhes tinham dito a respeito daquele menino. Todos os que ouviram se admiravam do que lhes diziam os pastores. Quanto a Maria, conservava todas estas coisas, ponderando-as no seu coração. E os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham visto e ouvido, conforme lhes fora anunciado.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Coroa do Advento: o que significa?



Descrição
Consiste numa coroa feita com ramos verdes e flores, na qual se inserem 4 velas, que significam as 4 semanas de preparação para o Natal, ou seja, o Advento.
Trata-se de um suporte, normalmente redondo, com um aro de arame ou madeira, revestido de ramos vegetais ou de musgo: ou seja, uma coroa entrançada com uma verdura que se conserva, como os fetos. Sem flores. Sobre ela colocam-se quatro velas novas, de cor uniforme ou variada, como se prefira. A coroa coloca-se sobre uma mesa, ou sobre um tronco de árvore, ou pendura-se elegantemente do tecto.
As 4 velas são acesas à medida que  os 4 domingos de Advento se vão cumprindo. No início da primeira semana de Advento acende-se uma vela. No segundo Domingo, duas. E assim sucessivamente até que, nas vésperas do Natal e no quarto Domingo, já estão acesas em todas as celebrações (dominicais e diárias) as quatro velas. Umas, naturalmente, gastaram-se mais que outras. [Também pode colocar-se uma quinta vela, branca no centro, na Noite de Natal: para expressar que o Advento foi tempo de preparação e é mais importante o Natal, com as suas duas grandes semanas. Pode-se juntar também uma imagem do Menino, dentro da própria coroa de Advento.]

História
É de origem germânica.  No Inverno, acendiam-se algumas velas que representavam o “fogo do deus sol”, com a esperança de que a sua luz e o seu calor voltasse. Os primeiros missionários aproveitaram esta tradição para evangelizar, relacionando-a com Jesus Cristo.
No séc. XVI torna-se símbolo do Advento nas casas dos cristãos. Este uso difunde-se rapidamente e implanta-se também na América.
No séc. XIX começou a colocar-se a coroa de Advento nas igrejas.
Existe uma tradição que sugere o nome das quatro velas: vela da Profecia, vela de Belém, vela dos Pastores, vela dos Anjos.

Uso da Coroa do Avento
O seu uso tem-se difundido cada vez mais entre nós. Ajuda a aprofundar a espera e a intensificar, em cada semana, a preparação para a vinda do Senhor. A coroa está formada por uma grande quantidade de símbolos.
Com este símbolo da coroa, simples e dinâmico, trata-se de ir criando uma atitude de espera, com o seu jogo numérico, com o simbolismo da luz do verde, e com uma aproximação gradual que convida à preparação da vinda de Cristo Jesus, Luz e Vida para todos. No meio de um mundo secularizado, que tende a celebrar o Natal com slogans meramente comerciais, a coroa pode ser um pequeno símbolo dos valores que nós, os cristãos, vivemos nestes dias.
Natal é a festa da luz: “O povo que andava nas trevas, viu uma grande luz”. Cristo é a Luz do mundo. É Ele quem, com a Sua vinda, nos ilumina e nos conduziu à esperança.
A coroa de Advento aponta para o crescendo da Luz de Cristo, que dissipa as trevas deste mundo. Ao acender semana após semana os quatro círios da coroa, significamos os nossos passos de aproximação à luz que vem sobre nós e é Cristo Jesus.

Simbologia
A sua forma circular indica a perfeição, a plenitude a que devemos aspirar na nossa vida de cristãos. O círculo não tem princípio, nem fim. É sinal do amor de Deus que é eterno, sem princípio e nem fim, e também do nosso amor a Deus e ao próximo que nunca deve terminar. Além disso, o círculo dá uma idéia de “elo”, de união entre Deus e as pessoas, como uma grande “Aliança”.
Como coroa, significa a dignidade, a realeza que Cristo veio outorgar ao cristão, isto é, a honra, a grandeza, a alegria, a vitória. (Em Ap 4,4-10 Cristo aparece como soberano e em Ap 14,14 tem uma coroa na cabeça como o próprio Deus). É a “coroa dos eleitos”. Uma coroa é usada em diversas ocasiões: a noiva no casamento, as crianças em certas festas, na sepultura como sinal de uma vida plena. A coroa de Advento significa também a plenitude dos tempos.
Os ramos verdes significam também o senhorio de Cristo sobre a vida e a natureza, dons de Deus. Verde é a cor da vida e da esperança. Deus oferece-nos a sua graça, o seu perdão misericordioso e a glória da vida eterna no final de nossa vida.
A luz que se acende indica o caminho, afasta o medo e fomenta a comunhão. A luz das velas é símbolo de Cristo, luz do mundo.
As quatro velas da coroa simbolizam cada uma das quatro semanas do Advento. Acende-se uma vela em cada semana; uma na primeira, duas na segunda, três na terceira e quatro na quarta, simbolizando a nossa ascensão gradual para a plenitude da luz do Natal. No inicio, vemos nossa coroa sem luz e sem brilho. Recorda-nos a experiência da escuridão do pecado. À medida que se vai aproximando o Natal, vamos acendendo uma a uma as quatro velas, representando assim a chegada do Senhor Jesus, luz do mundo, que dissipa toda a escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada.
O número quatro também pode apontar para os quatro evangelistas, ou para os quatro mil anos que o Povo Judeu esperou o Messias.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A dor que mais dói...

Mesmo longe o meu pensamento está contigo...

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.

Por Martha Medeiros

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

De regresso...

Pois é, ao fim de tanto tempo sem publicar, volto agora.
Mas é um voltar ainda com pouca inspiração, com a cabeça ainda em sítios longínquos e que não deixam sair o que vai na alma.
No entanto, deixo este lindíssimo vídeo com o Ave Maria de Bach-Gounod. Uma das músicas que me faz sentar ao piano e aprender a tocar.

Um regresso a um passado, que actualmente me faz sentir bem.
Espero que gostem.

Até breve...


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Ausência... Amor... Saudade...

Palavras para quê, quando tudo aqui já foi dito?

Fica um vídeo, deixando também um pouco a saudade!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Torradas queimadas e o grande valor da tolerância!

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar.

E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho muito duro. Naquela noite, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.

Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia na escola. Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada.
E eu nunca esquecerei o que ele disse:
" - Adorei a torrada queimada..."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:
" - Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada...
Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.

A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas.
E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor pai, mesmo que tente todos os dias!

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir as falhas do outro. Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando. Ela não sabe usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer uma lasanha como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar.

A soma de nós dois monta o mundo que você recebeu e que te apoia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este mundo vá desmoronar, não vai.
Novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos.
Então filho, se esforce para ser sempre tolerante, principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, a você e ao próximo.

"As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse. Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez se sentir."

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que será? Não sei... mas dói!

Andava eu a procurar algo com que ocupasse a minha cabeça e encontro algo que reflecte aquilo que realmente sinto...

Deixo este video com uma mensagem lindíssima, mas que "bateu bem forte" em mim e me fez voltar a pensar em coisas que tentava guardar bem no fundo do meu coração.

(não te esqueças de desligar o som na coluna da direita, para puderes apreciar este vídeo)

sexta-feira, 6 de maio de 2011

"Fratello Sole sorella Luna"

Dolce sentire!
Sereno...
Apenas isto...

Melodia e música fantásticas, interpretada pela voz inconfundível de Andrea Bocelli!

sábado, 30 de abril de 2011

João Paulo II - Não tenhais medo! Abri as portas a Cristo

Da homilia do beato João Paulo II, papa, no início do seu pontificado
(22 de Outubro de 1978)



Não tenhais medo! Abri as portas a Cristo!
Pedro veio para Roma! E o que foi que o guiou e o conduziu para esta Urbe, o coração do Império Romano, senão a obediência à inspiração recebida do Senhor? Talvez aquele pescador da Galileia nuna tivesse tido vontade de vir até aqui. Talvez tivesse preferido permanecer, lá onde estava, nas margens do lago da Galileia, com a sua barca e com as suas redes. Mas, guiado pelo Senhor e obediente à sua inspiração, chegou até aqui!
Segundo uma antiga tradição, durante a perseguição de Nero, Pedro teria tido vontade de deixar Roma. Mas o Senhor interveio: veio ao seu encontro. Pedro, dirigindo-se ao Senhor perguntou: "Quo vadis, Domine?”  (Aonde vais, Senhor?). E o Senhor imediatamente lhe respondeu: "Vou para Roma, para ser crucificado pela segunda vez". Pedro voltou então para Roma e aí permaneceu até à sua crucifixão.
O nosso tempo convida-nos, impele-nos e obriga-nos a olhar para o Senhor e a imergir-nos numa humilde e devota meditação do mistério do supremo poder do mesmo Cristo.
Aquele que nasceu da Virgem Maria, o filho do carpinteiro – como se considerava –, o Filho de Deus vivo, como confessou Pedro, veio para fazer de todos nós “um reino de sacerdotes” .
O Concílio do Vaticano II recordou-nos o mistério deste poder e o facto de que a missão de Cristo – Sacerdote, Profeta, Mestre e Rei – continua na Igreja. Todos, todo o Povo de Deus participa desta tríplice missão. E talvez que no passado se pusesse sobre a cabeça do Papa o trirregno, aquela tríplice coroa, para exprimir, mediante tal símbolo,  que toda a ordem hierárquica da Igreja de Cristo, todo o seu "sagrado poder" que nela é exercido não é mais do que serviço; serviço que tem uma única finalidade: que todo o Povo de Deus participe desta tríplice missão de Cristo e que permaneça sempre sob a soberania do Senhor, a qual não tem as suas origens nos poderes deste mundo, mas sim no Pai celeste e no mistério da Cruz e da Ressurreição.
O poder absoluto e ao mesmo tempo doce e suave do Senhor corresponde a quanto é o mais profundo do homem, às suas mais elevadas aspirações da inteligência, da vontade e do coração. Esse poder não fala com a linguagem da força, mas exprime-se na caridade e na verdade.
O novo Sucessor de Pedro na Sé de Roma eleva, neste dia, uma prece ardente, humilde e confiante: “Ó Cristo! Fazei com que eu possa tornar-me e ser sempre servidor do teu único poder! Servidor do teu suave poder! Servidor do teu poder que não conhece ocaso! Fazei com que eu possa ser um servo! Mais ainda: servo de todos os teus servos.”
Irmãos e Irmãs! Não tenhais medo de acolher Cristo e de aceitar o Seu poder!
Ajudai o Papa e todos aqueles que querem servir Cristo e, com o poder de Cristo, servir o homem e a humanidade inteira!
Não tenhais medo! Abri antes, ou melhor, escancarai as portas a Cristo! Ao Seu poder salvador abri os confins dos Estados, os sistemas económicos assim como os políticos, os vastos campos de cultura, de civilização e de progresso! Não tenhais medo! Cristo sabe bem "o que está dentro do homem". Somente Ele o sabe!
Hoje em dia é frequente o homem não saber o que traz no interior de si mesmo, no mais íntimo da sua alma e do seu coração, Frequentemente não encontra o sentido da sua vida sobre a terra. Deixa-se invadir pela dúvida que se transforma em desespero. Permiti, pois – peço-vos e vo-lo imploro com humildade e com confiança – permiti a Cristo falar ao homem. Somente Ele tem palavras de vida; sim, de vida eterna.

Oração
Ó Deus, rico de misericórdia, que escolhestes o beato João Paulo II para governar a Vossa Igreja como papa, concedei-nos que, instruídos pelos seus ensinamentos, possamos abrir confiadamente os nossos corações à graça salvífica de Cristo, único Redentor do homem. Ele que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

domingo, 24 de abril de 2011

Cristo Ressuscitou... ALELUIA!!!




Domingo de Páscoa

A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.
A primeira leitura apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, Se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.
A segunda leitura convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude).
O Evangelho coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida nunca podem ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira).

sábado, 23 de abril de 2011

Sábado Santo - Vigília Pascal

Evangelho segundo S. Mateus 
Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
Nisto, houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela. O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve. Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos.
Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado;
não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde jazia e ide depressa dizer aos seus discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.’ Eis o que tinha para vos dizer.»
Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele. Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»
(28,1-10)

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Sexta feira Santa: A Paixão de Cristo

O coração de Jesus aberto pela lança...

Sed unus militum lancea latus ejus aperuit; et continuo exivit sanguis et aqua. Et qui vidit testimonium perhibuit... Facta sunt enim haec ut Scriptura impleretur: Os non comminuetis ex eo. Et iterum: Videbunt in quem transfixerunt (Jo 19, 34- 36).

Mas um dos soldados perfurou-lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água. Aquele que o viu é que o atesta... E isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura: nem um só dos meus ossos se há-de quebrar. E ainda: Hão-de olhar para aquele que trespassaram (Jo 19, 34-36).

Primeiro Prelúdio. O último acto da Paixão de Cristo, a abertura do seu lado, explica e resume toda a vida do Salvador. Tomou um Coração para o abrir como a fonte de todas as graças.
Segundo Prelúdio. Dai-me, Senhor, a graça de beber nas fontes da santidade e do amor.

PRIMEIRO PONTO: A ferida. - Vamos ao Calvário, depois da morte de Jesus. A multidão afastou-se, os amigos ficam. Alguns soldados vêm verificar ou, se é o caso, apressar a morte dos pacientes, para que o espectáculo do seu suplício prolongado não entristeça o dia do sabbat.
Um dos soldados adiantou-se, portanto, e abriu o lado de Jesus com uma lança. É um grande mistério da história sagrada, onde tudo é mistério e acção divina. A ferida exterior é aqui a revelação simbólica da ferida interior, a do amor. O amor, eis o algoz de Jesus! Cristo morreu porque quis, foi o amor quem o matou ... É assim que a Igreja canta, para saudar o Coração trespassado do seu esposo: «ó Coração vítima de amor, Coração ferido por amor. Coração morrendo de amor por nós! O Cor amoris vidime, amore nostro ssuaum, amore nostri languidum! (Hino do Sagrado Coração).
Nosso Senhor permitiu este golpe de lança para chamar a nossa atenção para o seu coração, para nos fazer pensar no seu amor que é a fonte de todos os mistérios da salvação: as promessas do Éden, as profecias e as figuras da antiga lei, a acção providencial sobre o povo de Deus, a incarnação, a vida, os ensinamentos e a morte do Salvador. A abertura do lado de Jesus, é como a fonte que regava o paraíso terrestre, é como a fenda do rochedo que deu a água para saciar o povo de Israel.

SEGUNDO PONTO: O sangue e a água. - E saiu sangue e água, diz S. João. O ferro ao retirar-se deixou jorrar uma dupla fonte de sangue e de água, na qual os Padres da Igreja viram o símbolo desta outra maravilha de amor, os sacramentos, canais preciosos da graça da salvação. - Rio de água que, no santo baptismo e no banho da penitência, lava a alma da mácula original; rio de sangue que cai todas as manhãs nos cálices dos altares, para se expandir pelo mundo fora, consolar a Igreja sofredora do Purgatório e reanimar a Igreja que combate sobre a terra; rio refrescante, onde o coração, ressequido pelos trabalhos e pelas tentações, vai saciar-se de piedade, de caridade e de santa alegria.
Senhor, concedei-me beber desta água e deste sangue, para não mais tenha esta sede doentia das coisas do mundo que me tortura, e que eu seja inebriado pelo vosso amor.

TERCEIRO PONTO: «Olharão para dentro daquele que trespassaram». - É a palavra do profeta Zacarias, recordada por S. João. O profeta não disse: «Olharão para aquele que trespassaram», mas «olharão para dentro daquele que trespassaram: Videbunt in quem transfixerunt» (Jo 19, 38). S. João aplica estas palavras à abertura do lado de Jesus; devia pensar no interior de Jesus, no Coração mesmo de Jesus que ele pôde entrever pela chaga aberta do lado, no momento do embalsamamento.
Esta ferida entrega-nos e abre-nos o Coração de Jesus. Espiritualmente, nós aí lemos o amor que tudo deu, mesmo a vida. Neste mesmo amor, nós reconhecemos o motivo e o fim de todas as obras divinas: Deus criou-nos, resgatou-nos, santificou-nos por amor. No Coração de Jesus, é o fundo mesmo da natureza divina que nós penetramos na sua mais maravilhosa manifestação. «Deus é emot». S. João leu isto no Coração de Jesus.
(http://www.dehonianos.org/portal/liturgia_dominical_ver.asp?liturgiaid=751)


Mantenhamo-nos em silêncio e que com Cristo saibamos morrer e nos libertarmos do nosso "excesso de bagagem".
(desliga a música no painel da direita para puderes visionar o clip de vídeo)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Depois de uma ausência...

Boa tarde

Depois de regressar de uma intervenção cirúrgica ao meu pequeno joelho, que fará com que eu fique melhor e possa correr, saltar e brincar como uma criança (que ainda sou), deixo-vos aqui esta música que me acompanhou estes 2 últimos dias.

Simplesmente magnífica e que faz parte das minhas favoritas no meu IPOD.

Benedizione a Frate Leone - Piccolo coro dell'Antoniano

(não te esqueças de desligar a música do lado direito para puderes apreciar este belíssimo vídeo)


Obrigado por teres estado sempre ao meu lado e não me teres deixado.
Estás sempre comigo em todos os momentos, de forma física, psicológica e no lugar mais importante: no meu coração.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Ninguém te ama como eu...

Hoje devo estar inspirada: duas publicações no mesmo dia!

Ultimamente têm acontecido coisas que me fazem olhar para outros lados e tomar caminhos que às vezes não sei como consigo segui-los.
A semana que acabou foi cheia de emoções e de sentimentos um pouco contraditórios. Foi cheia de emoções bonitas: foi a minha promessa e investidura de Dirigente do CNE. Deixei de ser uma futura dirigente, em que não era tão chamada às responsabilidades, para assumir e fazer da minha vida algo diferente, algo em que ao fim de 3 anos descobri que também eu posso fazer parte. Também foi uma semana com sentimentos menos bons, pois ao olhar para decisões que temos que tomar e que de certa forma são duras, conseguir perceber que este caminho não será fácil e que muitas vezes não serei compreendida.

Sentimento que se prolonga há já muito tempo é também aquele que sentimos quando estamos longe de alguém que nos é próximo, com quem podemos contar em todas as situações e que faz parte da nossa vida. Essa ausência física faz-se notar a cada dia que passa, mas o Amor e Amizade que nos une é tão forte... No fundo, eu sei que está no meu coração e me ajuda a caminhar; quando os meus medos, receios e angústias me atacam, ajuda a que se dissipem com as suas palavras meigas, acolhedoras...
Mas, muitas outras vezes, eu não consigo ajudar com a minha falta de tranquilidade e paz de espírito... A incapacidade de controlar o sentimento de "perda" faz com que eu me feche no meu casulo e por vezes acabe por ser egoísta e só pense em mim e naquilo que sinto.

Ao leres isto quero que saibas que és especial e que, apesar da distância física que nos separa, estarei sempre aqui de braços abertos para te receber e passar o máximo de tempo possível. Há tanta coisa que queremos fazer juntos, tantas coisas novas para descobrir...

Existe uma música que me acompanha há já algum tempo, mas a versão em português: é simplesmente fantástica.
Transmite uma paz, uma tranquilidade imensa...
Muitas vezes dou comigo a cantar esta música e a pensar em ti, mas a letra fala de Alguém que nos une e que nos dá a força para seguir o nosso caminho: Cristo.
Encontrei esta música associada a algo que também vivemos neste tempo da Quaresma: a chegada do momento em que Cristo, Deus feito homem, dá a vida por todos nós na Cruz para nossa salvação.

É também para mim um momento de pensar...
É momento de perceber o que levo na bagagem que carrego...
O que devo deixar para trás com a máxima urgência...
É tempo de acreditar na Salvação!

Ninguém te ama como eu...
Olha para a Cruz, esta a minha maior prova!

Não fiques... Voa!

Não quero ficar...
Não quero ter sentimentos que me derrubam e afastam dos outros...
Não quero fazer sofrer quem Amo...


Tenho saudades da praia...
Tenho saudades de tudo o que já vivi...
Tenho saudades de ser criança, não ter responsabilidades...


No entanto...
Quero fazer coisas novas...
Quero crescer...
Descobrir o que de novo existe...
Quero ganhar asas e voar...
Que os meus piores sentimentos ganhem asas e voem...
Deixando-me livre para seguir a vida em frente...
Quero estar contigo...


"Voa bem mais alto
livre sem alforge sem prata nem ouro.
Amando este mundo, esta vida que é campo
Que esconde um tesouro."


(não te esqueças de desligar a música na coluna do lado direito para te puderes deliciar) 

quinta-feira, 24 de março de 2011

The Voca People

Muito bom e sem desafinar.
Quem me dera ir a um concerto deste grupo...

(não te esqueças de desligar a música na coluna do lado direito para te puderes deliciar com estas fantásticas vozes)

quarta-feira, 23 de março de 2011

Indecisão? Dar um pouco mais...

Já algum tempo que me sinto chateada, triste e desiludida com o que se passa num grupo a que pertenço há já algum tempo. Não são muitas décadas, pois só tenho duas, mas á tempo suficiente para sentir uma exclusão inquietante.

Neste momento não sei o que posso fazer para ajudar cerca de 55 crianças e adolescentes que contam comigo e com mais 5 dirigentes, para os ajudarmos neste caminho que eles escolheram: o Escutismo. Escolheram fazê-lo num determinado local, e com eles vieram também amigos que não conheciam o movimento e neste momento fazem parte de uma família: tratam-se como irmãos.

Na minha situação, comparada com alguns que vivem o Escutismo há muito mais tempo e que têm muita experiência nesta área, não é nada. Mas o tempo que tenho dedicado para a minha formação de 3 anos, o empenho que tenho para em conjunto com os restantes Dirigentes preparar actividades que marquem a vida dos elementos, deixar a minha vida pessoal um pouco de parte para puder ajudar estes adolescentes a crescer em vários níveis (sempre de acordo com o ideal de BP), será que não conta? Claro que o estimado leitor poderá pensar: “Fazes porque queres. Se não és paga para isso, porque o fazes?” É uma realidade.

É pena que se esqueçam de ouvir e responder a quem tanto quer estar ali: os elementos mais novos! Abram os olhos e vejam como trabalham e coloquem em prática a Lei Escutista! Ajudem-nos a caminhar. O Escutismo é para os elementos mais pequenos e não para os adultos se vangloriarem que têm um lugar no topo.

No entanto, o veredicto que todos nós esperávamos chegou: estamos livres do “castigo” e podemos continuar a fazer Escutismo. Iremos realizar as Promessas e Investiduras de 20 elementos e 1 dirigente, que por um mero acaso até sou eu, nos dias 26 e 27 de Março. Como diria um companheiro nestas andanças (que tem muito mais anos que eu “a virar frangos”) dá vontade de gritar “ESTAVA A VER QUE NÃO!!!”. Eu acrescento: ATÉ QUE ENFIM!!! A partir de agora é continuar a trabalhar e esperar pelas “instruções”. 

Espero do fundo do coração que olhem para as crianças e adolescentes que nos estão confiados e que vejam o sorriso e a vontade com que entram pela porta do Agrupamento, a cada sábado de actividade, a cada actividade que realizamos no exterior, a cada momento em que se reúnem…

Para terminar deixo-vos este video, mas a música é simplesmente fantástica. A primeira vez que a ouvi foi com um grupo de Escuteiros e que, com a sua voz e energia, me contagiaram.

Dar um pouco mais é aquilo que me disponho a fazer...
Em busca do ideal, à descoberta do Escutismo... Sempre a aprender!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Rosa Branca

Depois de uma tarde passada com a Carolina e a ouvi-la cantar, ainda passei a gostar mais ainda desta música.
Deixo-vos o vídeo de Rosa Branca da Mariza, uma voz inconfundível do Fado.

Simplesmente fantástica.

(Para apreciar a beleza deste vídeo terá de desligar o som da música de fundo do blog, que se encontra do lado direito)


Boa noite e bom descanso.

domingo, 13 de março de 2011

Esvaziar um pouco a bagagem...


Iniciámos o Tempo da Quaresma na passada 4ª feira. 
Essencialmente, este é um tempo de retiro espiritual voltado à reflexão, onde os cristãos se recolhem em oração e penitência para preparar o espírito para acolherem Cristo Vivo, Ressuscitado no Domingo de Páscoa. Simbolicamente o cristão renasce com Cristo. 
A Quaresma é o tempo litúrgico de conversão, que a Igreja Católica, a Igreja Anglicana e algumas protestantes marcam para preparar os fiéis para a grande festa da Páscoa. Durante este período, os seus fiéis são convidados a um período de penitência e meditação, por meio da prática do jejum, da esmola e da oração. Ao longo deste período, sobretudo na liturgia do domingo, é feito um esforço para recuperar o ritmo e estilo de verdadeiros fiéis que pretendem viver como filhos de Deus. 
A Igreja propõe, por meio do Evangelho proclamado na Quarta-feira de Cinzas, três grandes linhas de acção: a oração, a penitência e a caridade. Não somente durante a Quaresma, mas em todos os dias de sua vida, o cristão deve buscar o Reino de Deus, ou seja, lutar para que exista justiça, a paz e o amor em toda a humanidade. Os cristãos devem então recolher-se em reflexão de forma a se aproximar de Deus. Esta busca inclui a oração, a penitência e a caridade, esta última como uma consequência da penitência.
O arrependimento leva a que façamos de cada dia um Novo Dia, porque novo é sempre o Amor de Deus por nós. Arrepender-se é caminho de libertação da nossa bagagem para não nos atrasarmos ao encontro com este Amor. 

Chegou o tempo de pensarmos  na bagagem que carregamos. 
Chegou o tempo de largarmos as coisas que tornam difícil o nosso caminhar. 

Encontrei este clip com uma música fantástica, que nos faz parar e pensar no mais importante.

terça-feira, 1 de março de 2011

Saudade...

Não conheço esta terra, mas decerto que é muito linda.
No entanto, a voz é inconfundível: Cesária Évora!

Fica a saudade...



Até breve!

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dia de BP - Dia do Pensamento

Para todos os Escuteiros deixo aqui este pequeno clip, com uma música que nos é tão querida.



Se queres mesmo ser Feliz,
não te deixes ir à toa.
Impele a tua própria canoa.

Convosco Sempre Alerta para Servir
Pantera Teimosa

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Fim do dia...

Uma forma fantástica de acabar um dia de estudo...
Simplesmente fantástica!


Boa noite e até breve.

O começo...

Hoje decidi criar um blog...

Ou melhor, pegar no que já existia e recriar algo. Talvez assim eu me consiga dedicar a algo mais, preenchendo o meu tempo.

Sendo esta uma primeira publicação de entre muitas, assim espero, tenho a certeza que não será muito lido.
Servirá apenas para escrever quando me apetecer e estiver inspirada para o fazer. Aproximam-se tempos muito ocupados mas, aqui, servirá para eu escrever um pouco do que vou fazendo, vivendo, sentindo, sendo...

Não sou nenhuma poetisa, não pretendo ser, e confesso, não sou muito especialista nem apreciadora da dita.

Neste momento, tenho a minha mesa de trabalho cheia de livros e fotocópias para ler, sublinhar, tirar apontamentos. Enfim, APRENDER!!!

Querem saber uma ironia das ironias? Para quem não aprecia a poesia, terá um semestre recheado de poesia. Desde Cesário Verde, a Eugénio de Castro, Camilo Pessanha, Fernando Pessoa, entre outros. Engraçado, não é?
Pois como tenho muito trabalho à minha frente, vou tentar concentrar-me e trabalhar. 
Por hoje, acho que já "brinquei" demais com este novo brinquedo.


Voltarei a dar notícias...